Meia do Passo Fundo, Diogo Oliveira, fala sobre a escassez de camisa 10
Aos 40 anos, o meia do Passo Fundo, Diogo Oliveira, ainda é um meia articulador clássico, e um dos destaques do clube do Vermelhão da Serra, na divisão de acesso. Curiosamente, o Passo Fundo está nas semifinais da competição e não venceu nenhum jogo dentro dos seus domínios. Durante entrevista, Diogo afirmou que é uma situação que incomoda bastante o grupo de jogadores. “É uma situação que nos incomoda bastante, temos feito bons jogos fora de casa, nosso estilo de jogo tem sido bastante prejudicado, nosso gramado não está 100% das condições ideais, usamos bastante o goleiro e consequentemente fora de casa, temos pego gramado melhores, mas não é desculpa , mas faltando um pouco mais de capricho da nossa parte por que temos criado muitas oportunidades de gol, então temos que procurar melhorar o nosso aproveitamento para que possamos fazer uma boa partida contra o Avenida e buscar o tão sonhado acesso. Somos sabedores que serão dois jogos difíceis, mas precisamos estar atentos e preparados”, frisou o atleta.
Diogo Oliveira também falou sobre não se produzir mais camisa 10 no futebol brasileiro. “Hoje em dia não tem se formado mais camisa 10 no futebol brasileiro e vejo isso como muito ruim, pois o camisa 10 é o que pensa o jogo, que dá o toque de qualidade, é o que raciocina com rapidez, que tem uma leitura de jogo muito grande, a intensidade do futebol moderno tem feito os meias virarem volantes, então hoje em dia tem se formado muito segundo volantes e não tem se formado meias, e eu acho que isso e prejudicial. A Europa tem procurado qualificar o setor com meias, nós paramos de formar, algo que o futebol brasileiro sempre formou grandes meias, o futebol brasileiro sempre foi espelho para formar meias para o mundo e eu fico triste vendo uma situação desta e eu torço para que o futebol brasileiro volte a formar estes meias”, destacou Oliveira.
Por fim, o atleta mencionou que estaria aberto a negociações caso o São Luiz se interesse pelo seu futebol futuramente, mas deixou claro que está focado no Passo Fundo. “Sempre estamos abertos a negociação. Conheço o São Luiz, de ter jogado contra tem uma torcida apaixonada, tem suas condições, sou profissional, estou aberto a negociações e sem dúvida, eu teria o prazer sim, se tiver oportunidade, de vestir a camisa do São Luiz no futuro. No momento estou focado no Passo Fundo, mas sou um profissional, tenho que deixar as portas abertas”, finalizou.
Foto: Dayana Giacomini/BhFoto
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