Júnior Barbosa sobre o título do Interior: “Estamos na história do São Luiz, não tem como apagar”

Júnior Barbosa sobre o título do Interior: “Estamos na história do São Luiz, não tem como apagar”

Em 2014 ele se aposentou dos gramados do futebol, porém, um ano antes deixou sua marca no São Luiz quando conquistou o título do Interior vestindo a camisa do Rubro. O lateral direito, Júnior Barbosa, chegou do interior de São Paulo direto para Ijuí e também conversou com a reportagem da Rádio Progresso e lembrou dos principais momentos da conquista da agremiação ijuiense.

Confesso que fiquei surpreendido quando você entrou em contato comigo para falar sobre essa conquista do São Luiz em 2013 e agradeço pela lembrança.

Foi uma trajetória no começo muito difícil, começamos o campeonato com um empate em casa e uma derrota fora e após isso iríamos ter o jogo contra o Pelotas que foi adiado devido a tragédia da Boate Kiss e depois jogaria contra o Grêmio e neste meio tempo trocou o treinador, recebemos o Grêmio, vencemos e a partir dali embalamos no campeonato e deu tudo certo.

O jogo contra o Caxias na semifinal é inesquecível. Jogando diante do nosso torcedor, saímos na frente e cerca de 10 minutos eles empataram e no segundo tempo conseguimos fazer 2 a 1, jogo muito difícil e aquele jogo ficou marcado para mim.

O grupo era muito bom. Acredito que vocês não me conheciam e durante os treinos e amistosos, vocês e o torcedor passaram a nos conhecer melhor e todos passaram a acreditar na campanha que o São Luiz poderia fazer, cheguei por indicação do meu amigo Thiago Costa, onde jogamos em várias equipes juntos e o Sandro(Palharini) veio aqui no interior de São Paulo, me viu jogando e me contratou e o grupo era muito fechado e depois de um começo sem resultados, nos fechamos e nos abraçamos, sabendo que somente nós poderíamos mudar a situação e teríamos que dar o nosso melhor e conseguimos o título do Interior, uma boa campanha e graças a Deus ficamos marcados na história do São Luiz.

O jogo contra o Grêmio na Arena, nossa eliminação com um jogador a menos, pênalti a nosso favor não marcado, ficou um gosto de “QUERO MAIS” naquela temporada. Grêmio de Luxemburgo, Zé Roberto, Elano, Barcos, sinto que poderíamos repetir a campanha do primeiro turno. Está na história, não tem como apagar, é uma trajetória que levamos pro resto da vida, podemos contar para nossos filhos, nossos netos e eu sou muito grato a Deus por ter tido a oportunidade de ter participado deste grupo.

O nosso principal jogador naquele campeonato, o cérebro, foi o Marcos Paraná, nos ajudou muito, nos jogos decisivos ele fez gols decisivos e para mim ele desequilibrou a nosso favor, chamou a responsabilidade, chegou depois e chamou a responsabilidade para ele e que nos ajudou muito, mas o grupo todo foi bem, inclusive os que ficavam no banco e entravam nos jogos, Chicão, nossa, joga demais ele, era um time raçudo, time que entrava em campo e não enfeitava, jogávamos para vencer. Antes dos jogos, na preleção dizíamos que se perder, perdem todos, e se ganhar ganha todos e colocamos isso na cabeça e fomos em rumo do título“.

Compartilhar

Alex Frantz