Juliano Tatto é a favor dos clubes retornarem aos treinos
Passando a quarentena em Frederico Westphalen, o lateral esquerdo do Pelotas, Juliano Tatto, aguarda o retorno das atividades. O jogador conversou conosco e revelou que é a favor da retomada dos treinos, mas os jogos mesmo com portões fechados entende ser inviável. Confira:
Alex Frantz: Como você vê toda essa situação e como tem feito a quarentena?
Juliano Tatto: Uma situação totalmente atípica que nós sociedade em geral, não somente os atletas estamos enfrentando. Situação que nos pegou totalmente surpresa. Estamos privados de treinar com companheiros, e acabamos sendo obrigado a trabalhar em casa. Minha quarentena esta sendo bem tranquila. Estou aqui em Frederico Westphalen, só não tenho academia aqui, mas eu tenho campo de futebol, posso fazer minhas atividades ao ar livre. Estouu conseguindo me virar bem. Claro que não é a mesma coisa do dia a dia, trabalho com equipe, técnico, porque aqui eu trabalho muito força e resistência. Mas a parte física é uma situação bem difícil que a gente vai tentando se adaptar, mas sem dúvida nenhuma não é a mesma coisa que trabalhar no dia a dia.
AF: Você é a favor do reinício do campeonato gaúcho, mesmo com portões fechados?
Tatto: Sou a favor da volta aos treinamentos porque se analisar, a sociedade em geral tem voltado. A indústria está voltando, o comércio está voltando, as atividades estão voltando ao normal. Eu acho que o atleta também deveria voltar a treinar. Sou a favor disso, porque o nosso corpo é objeto de trabalho e a gente perde muito em casa. Vamos completar dois meses desde o último jogo e a perda é muito grande. Quando estamos de férias, não ficamos todo esse tempo parado. Ainda assim acho que é meio precipitado, porque envolve muitas pessoas, mesmo com portões fechados. Sem falar na parte da renda, que o clube perde. É um prejuízo enorme. Acho que que deveríamos voltar a treinar para ter a manutenção do corpo, manutenção da forma física. Sou a favor da volta aos treinos mas os jogos mesmo com portões fechados, acho que é meio inviável nesse momento.
AF: A medida que o tempo vai passando, não se tem uma decisão sobre a retomada e tantos atletas quanto clubes ficam numa saia justa, no seu ponto de vista, como pode ser feito um entendimento entre jogador e clube?
Tatto: É uma situação difícil, tanto para o atleta quanto para o clube. O atleta trabalha como um funcionário de qualquer empresa. Trabalha porque tem seus seus seus compromissos a honrar, tem que sustentar sua família e se sustenta. O clube da mesma maneira, ele tem um orçamento que ele trabalha um certo tempo e o campeonato gaúcho já teria encerrado, os clubes teriam liquidados suas contas e em contrapartida hoje tá tudo em aberto. Acho que nessa situação deve ser feito o estudo, chamar o atleta e conversar. Eu tive o meu acerto com Pelotas, colegas lá também tiveram e tem que ser feito dessa maneira. Cada caso é um caso diferente.
É uma situação que demanda muita entrega do clube e também dos jogadores. Tem que entender o nosso lado também então no meu ponto de vista eu acho que tem que ser estudado caso a caso para que se tenha um consenso entre os dois lados.
Foto: Talles Leal/ AIP
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