Goleiro Matheus Cavichioli relembra título gaúcho conquistado pelo Novo Hamburgo
Ser jogador de futebol em clubes do interior não é uma tarefa fácil. Quando um atleta fecha um contrato com um clube, primeiro objetivo é sempre manter o clube no mesmo lugar que encontrou. Pensar em vagas em competições nacionais é sempre difícil, título do interior é sempre duro e título estadual é quase uma utopia. O Novo Hamburgo, foi o último clube do Interior do Rio Grande do Sul a conquistar um título estadual. Isso ocorreu na temporada 2017 quando o Nóia superou as expectativas e não tomou conhecimento dos dois grandes da capital(Grêmio e Internacional) e deu a volta olímpica. O Anilado inclusive eliminou o tricolor na semifinal e o título foi em cima do colorado. Goleiro titular da campanha vitoriosa do Novo Hamburgo, o goleiro Matheus Cavichioli, atualmente no Guarani de Campinas, conversou com a reportagem e lembrou da conquista.
“Mais fácil perguntar o que eu não lembro. Lembro desde o primeiro jogo até a chegada no estádio do Vale, jogos, palavras de incentivo, preleções do saudoso Beto Campos, dia-a- dia de treinos, o extra-campo que foram incríveis, aliás, o extra-campo foi muito importante para o decorrer do campeonato, as amizades construídas, grupo inteiro, todo mundo se respeitava, todos se ajudavam muito. Quando alguém via que alguém estava destoando tanto a mais quanto a menos, já puxávamos de volta e quando alguém queria tirar os pés do chão, chamávamos e pedia para se acalmar ou quando tinha alguém desanimado, também chamávamos, passava uma palavra de apoio, de incentivo para não abandonar que as coisas iriam dar certo, então recordo de tudo, desde nossa estréia em Caxias até o último jogo contra o Internacional”, afirmou Cavichioli.
O jogador destacou também, o momento que o grupo do Novo Hamburgo passou a acreditar que era possível conquistar o estado. “Foram dois momentos. O primeiro na semifinal contra o Grêmio e o segundo no jogo de ida da final. O primeiro na semifinal, primeiro jogo, gol do Juninho de fora da área. Ele nunca foi de chutar de fora de área, nunca foi aquele um jogador de chutar forte na bola e neste dia ele acertou um chute que todo mundo ficou de boca aberta com o que ele fez. A outra foi no primeiro jogo da final, saímos na frente do Inter dentro do Beira-Rio e foi onde concretizou um pensamento geral de todos que a gente podia correr atrás de algo maior, e na segunda partida saímos na frente mais uma vez, ou seja, todas as vezes que enfrentamos eles, sempre saímos na frente do placar e nos pênaltis, com competência e um pouco de sorte somos coroados com o título estadual”, finalizou Matheus Cavichioli.
Foto: Adílsn Germann/ECNH